domingo, 4 de dezembro de 2011

Se não fossem as folhas
A árvore não sorria
Fazem dos raios de luz
Lantejoulas inquietas
Canções soletradas
Brisas contínuas
Que só param quando eu peço
Caso contrário
Adormeço em sorrisos.

Eu
Amores de ônibus
Tão sinceros repentinos
Mas superficiais moralistas
Por motivos aparentes
Não mais que seus olhos
Além de seus cabelos e expressões
Seria tão bom te conhecer,
Oculto raciocínio
Só a porta pára isso
Abriu, adeus, até nunca mais.

Eu

sábado, 3 de dezembro de 2011

Folha molhada
Dias chuvosos
De setembro a outrubro
No sofá, no silêncio
Sem muito o que fazer
A não ser respirar
Ver o choro da janela
Sentindo o frio desejado
Por mim e mais eu
Sem nada o que fazer
Sentado, ouvindo
Além de tudo.





Eu
Nada a mais além de suspiros
Sedentos por suas mãos
Ao longo da rua calada
Em um escandaloso silêncio
Como as curtas teclas do piano
Que toca o som do carinho que tenho por seu rosto
Simples e macio
Por mim, ainda não conhecido
Mas se a solidão faz parte da minha alma
Por que ainda procuro seus passos?







Eu
A insegurança
É quem move os palhaços deste circo
Dá corda à bailarina
Põe fogo nos malabares
Corta o barbante da marionete
Doma o leão
E ainda quer cobrar o ingresso.


Eu
Lágrimas pesam tanto
É curioso como a face aguenta
Mas os lábios cedem
E demonstram a tristeza
Que deixa abstrata
A existência do alguém
Que um dia já segurou lágrimas.


Eu
Fé,
Não teria caso parasse
Não daquela multidão
Sem andar tanto quanto se anda
Não escrita nem gritada
Quando está prestes a se perder
Sem símbolos nem representantes
Vira a esquina sem o tal rumo
É única, individual e popular
Até se cansar e rastejar
Mais forte que a sua,
Com certeza
Parei...
Só acredito,
Nada mais.


Eu

sábado, 12 de novembro de 2011

"A melhor das tardes é aquela em que passamos em casa sem muito o que fazer além de descansar."
A noite é mais confortável
No escuro não se vê cara
Não se tem noção de espaço
Nem de distância
As vozes são mais calmas
No crepúsculo a mente trabalha mais
Não se vê o corpo
Muito menos os defeitos.


Eu
O ser humano é ridículo
Por natureza
Coberto de concreto
Que gasta o líquido corporal
Molhando as bochechas por "amor"
Descrito em livros,
Escrito em poemas,
Encenado em filmes,
Deixado em beijos,
Que deveriam ser reinventados
Para quebrar a pedra
Que mora em minha alma,
Ridícula.





Eu
Limão com Sal
Uma doce travessura
Feita em cima do pé de manga
No encontro com os primos
Isso faz mal
Mas não se pode acreditar
Diante do sabor emocionante
Azedo e escondido
Que murcha os lábios
E estica uma risada.







Eu
Ontem brilhou
Minha estrela
Que eu apontei
Do meu céu
Na minha casa
Do meu mundo
Que eu escolhi.




Eu

Chá com leite

Olá Darlings, como estão?
O que estão achando de nosso chá? Torço para que agrade cada vez mais, e caso falte açúcar ou sobre, peço-lhes que me avise, ok? Estarei esperando anciosamente as sugestões!
Ultimamente tenho recebido bastante carinho de amigos aqui da internet pelo meu trabalho aqui no "Chá com Silêncio" e ganhei alguns presentes. Dentre eles, postarei aqui dois poemas que ganhei de pessoas muito importantes.
Sirvam-se!

 TEXTO NAO É TEXTO ESCRITO EM COLUNAS




Poesia
nao é texto
escrito em colunas.





Poesia nao é texto escrito em colunas.


AnahVic (Vitória ♥)

Tento respirar.
Tento sobreviver.
Parece exagero, parece superficial.
Um vácuo apodrecido.
Cheira mal, mas a casca ainda sorri e os urubus não sentem o odor.
Escorre a imundice pelo corpo inerte.
Cai no abismo onde jaz minha alma.
Você não vê, eu vejo.
Você desdenha, eu cuido.
Você humilha, eu aceito.
Você mata, eu morro.

Kelli Krause (blogs: PS e ACP)

Obrigado a todos pelo retorno e carinho do blog! Continuarei atualizando e servindo nosso chá semanalmente. Muito obrigado mesmo!



domingo, 6 de novembro de 2011

-fanfic- 幸せ 「Shiawase」


Darlings, como estão? Estou postando aqui minha primeira fanfic que escrevi há muito tempo, se chama "Shiawase" que significa Felicidade. É uma história bem simples e com um conteúdo bem simples, mas espero que ela possa embalar nosso chá, sirvam-se!
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Yokohama, 2010, 5º dia de verão; foi nesse dia em que passei a creditar no amor das pessoas. Quando somente uma palavra para mim, significou mais do que qualquer gesto de uma vida inteira. Meu nome é Miyasaki Ken, e estudo no 3º colegial do colégio Higashi. Por algum motivo não esclarecido, aquele dia seria o último dia de aula da semana, assim teríamos um dia a mais para descansar. Com o calor violento que fazia na sala, todos com olhares cansados e desanimados, com as testas brilhantes de suor, mesmo que fosse somente o começo da primeira aula, e mesmo que a sala fosse dotada de dois condicionadores de ar, ansiosamente Oda-sensei entra rapidamente na sala e nos dá a notícia de tal acontecimento, nosso repentino dia de folga, o qual mais tarde eu saberia o real motivo.
Todos receberam a noticia com muita felicidade e instantaneamente faziam planos de passeios e festas, como se fosse o começo das férias, que na verdade haviam terminado somente há poucos dias, e mesmo com o ar quente e seco, a notícia foi como uma injeção de ânimo. Depois daquilo a aula rendeu bastante. Chega a hora do almoço. Mas com toda euforia que estavam com aquela notícia, aparentemente ninguém saiu da sala, somente o líder que estranhamente sumia durante todo intervalo. Na verdade sempre quis saber o que ele fazia, parecia ser uma pessoa muito misteriosa, e não aparentava ser popular como a maioria dos representantes de classe. De certa forma eu o admirava.

Influenciado por todas as risadas e festejos dos companheiros de sala, eu comia vagarosamente meu almoço, o qual tinha preparado na noite passada, já que com todo calor que fazia ultimamente, não conseguia dormir bem, assim não sobrava tempo de manhã para me aprontar melhor. E seguido de leves sorrisos, comecei a planejar, assim como meus colegas de classe, algo para fazer no misterioso dia de folga. Porém ao contrário da maioria, eu não tinha ninguém relativamente mais íntimo para convidar, como pensava no momento, em ir à praia. Mesmo assim me virei de costas ao quadro e perguntei a uma antiga amiga do primário, Minami Okui, se ela gostaria de ir à praia no dia seguinte. Sarcasticamente ela me olhou, com os olhos reluzentes de maquiagem e a pele quase plástica, sorrindo e falou:
"Ken-kun, foi mal, mas não rola!! Meu namorado iria ficar com ciúmes e minhas amigas já programaram algo para nós."
Sorrindo, pedi desculpas e agradeci ao mesmo tempo, pensando que não foi tão ruim quanto imaginava, afinal não saberia se realmente me sentiria bem perto dela, pois tinha mudado radicalmente depois que sua mãe teve um bebê, assim nossa amizade foi enfraquecendo, até se resumir a um simples "oi" ao chegar à sala. Em mais uma tentativa frustrada meu olhos procuravam alguém que eu poderia ter mais intimidade. Quando finalmente pensava em ter achado, um aluno transferido de uma escola de Tokio, Masaki Kumai, que tentava conversar sobre comida comigo todo almoço, gritava euforicamente, "Vou para Kioto ver meus avós!". Naquele momento minhas esperanças tinham sido dizimadas, pois eram as únicas pessoas as quais, ainda que levemente, eu imaginava algum momento de amizade. Voltei a sentar em minha mesa, e terminei meu obentou, com um o mesmo leve sorriso no rosto, influenciado pela alegria que me cercava. Passaram-se as horas, até chegar o momento de voltar para casa.
O dia foi igual como os outros, tirando o fato de que o assíduo líder de sala ter voltado mais tarde de seu misterioso desaparecimento e ter esquecido os formais cumprimentos aos professores da segunda aula. Pensaria mais nisso se eu não tivesse parado o tempo quando de forma repentina, senti meus ombros serem tocados rudemente por colegas de sala se despedindo. E num simples "até semana que vem!" me vi sozinho novamente.  Um suspiro me embalou para o caminho de casa. Naquele dia tão quente, eu não vi mais nada em minha frente ao chegar em casa, somente um banho e uma cama.
Desde o primeiro colegial, passei a morar sozinho em Yokohama por opção própria. Depois que a mamãe se casou com outro homem e o papai mudou-se de cidade, não suportei mais o clima pesado em casa. Talvez não fosse totalmente real tal situação, mas decidi ser uma pessoa mais responsável. Morar sozinho tem suas vantagens, mas é uma prova árdua de força. Já em casa, fechei os olhos e deixei com que o cansaço me levasse. Na manhã seguinte acordei com meu celular tocando. Uma mensagem da mamãe havia chegado, e nela escrito: "Ken-chan, como está? A mamãe está indo viajar para o Hawaii esta semana com Pyun-chi~<3. Volto daqui a 2 semanas."; li o recado com os olhos ainda inchados de sono e nesse momento tive uma intensa vontade de jogar celular no chão e dar um grito que ecoasse por toda casa, porém tive a força de me segurar, ainda que indignado pela atitude da mamãe, já que desde que me mudei para Yokohama, ela nunca veio me visitar. Depois da separação com o papai, dedica todo seu tempo ao trabalho e ao preguiçoso marido dela, que ridiculamente o apelida de "Pyun-chi". Creio que foi meu maior motivo para sair de perto “dessa” família.
Levemente olhando para o nada me recordei de que aquele dia era o tão esperado dia de folga. Mesmo que sem saber o que fazer, e muito menos com quem fazer, resolvi me arrumar e sair um pouco. Como pretendia passar o dia todo fora, levei comida e uma mochila. O sol lá fora parecia mais brando, e o vento fresco me animava mais, por mais desanimado que eu estava queria esquecer tudo o que mais se passava em minha mente. Sem saber ao certo aonde ir, peguei minha bicicleta e saí pedalando a caminho do colégio, como de costume, sem um rumo definido. A sensação do vento no rosto ao fechar os olhos, era como se todos os problemas do mundo sumissem. Sinceramente, queria que aquele momento nunca mais acabasse. Despertei rapidamente de meu "mundo" ao ouvir um carro buzinando à minha frente, histericamente reclamando que eu o atrapalhava. Em um relance abri passagem e pensei que são nesses momentos em que vemos a realidade hipócrita em que vivemos. Quando me dei conta, estava de frente para a praia, então resolvi ficar por ali mesmo. Só tive de atravessar a rua e pisar na areia fria. Lá estava eu, no lugar em que queria estar, em um dia que deveria ser divertido e importante, mesmo que solitário não poderia reclamar. Estendi uma toalha e sentei-me, novamente num movimente lento, fechei os olhos e tentei parar de pensar no mundo à minha volta. O sol fazia com que o escuro dos meus olhos ficasse mais claro, até o momento em que uma sombra parou em minha frente. Ao abrir os olhos, estranhamente vejo uma pessoa, no momento em que eu achava ser o único naquele vazio lugar.
Com um olhar curioso a pessoa me pergunta: "Ken-kun? O que faz aqui? Hoje é dia de folga, não?" Parei o olhar por instantes, tentando reconhecer aquela voz já que os raios de sol o tapavam o rosto. Estranhamente, era quem eu nunca esperaria estar em um lugar como aquele, o presidente de sala, do 3º colegial, onde eu estudava. Como só o via de longe, não o reconheci à primeira vista e calmamente com um sorriso vergonhoso ele percebeu tal desvio de minha parte e se apresentou: "Ah...desculpe, sou eu, Takaki Okai, líder da sua turma.". Num salto levantei-me e o cumprimentei junto com um pedido de desculpas por não ter reconhecido, já que nunca imaginaria uma pessoa séria e centrada como ele num lugar vazio e calmo como a praia perto do colégio. Com várias perguntas na cabeça, só tive a coragem de dizer um simples "oi" e justificar o motivo por eu estar lá. De perto, seu rosto parecia menos sério e tenso, aparentava ser uma pessoa mais simples e delicada diferente da imagem que eu supria dele antes. Em segundos de silêncio foi-me feito um sincero pedido: "Posso sentar com você aqui?" Juntamente com um estranho medo, e uma vontade imensa de sorrir, ainda consegui responder, mesmo que gaguejando, algo positivo. Geralmente não sou uma pessoa muito nervosa, mas minha proximidade com uma alguém que mal conheço algo que não tenho há anos fez-me perder meu próprio equilíbrio diante do silêncio que voltava a nos cercar.
 Sinceramente eu não me lembrava mais como era estar tão perto de alguém não sendo em um momento obrigatoriamente social. Ainda preso pela timidez que despertava no momento, consegui coragem para por uma de minhas dúvidas para fora. Ainda olhando para o nada das ondas à minha frente, num só suspiro, falei: "O que você faz aqui?" Então em uma só gargalhada, a qual me tirava mais a imagem que eu tinha dele, respondeu com um grande sorriso no rosto: "Sentir a brisa do mar é algo que acalma mesmo não é? Ainda mais quando se está cansado da falsidade das pessoas... né?" Naquele momento, sem pensar em quase nada olhei assustado para Takaki-san, não sabendo o que responder afinal qual tipo de pessoa estaria sentada ao meu lado supostamente fazendo o mesmo que eu? Sem deixar o silêncio tomar conta da situação novamente, Takaki-san faz a mesma pergunta que fiz, me lembrando do que realmente acontecia, então respondi um pouco seco e com algo que eu mesmo não sabia até o momento: "He...? Precisei de um tempo para mim mesmo, gosto daqui..." E assim a passos lentos, porém delicados e de certa forma aconchegantes, nossa conversa se estendeu por longas horas, e apesar de ter sido um momento de pura coincidência, era algo que secretamente eu queria ter.
Algo que eu não fazia há um bom tempo também. A cada palavra fui conhecendo mais o sério e misterioso representante da sala B do terceiro colegial, minha própria classe, o qual eu alimentava uma imagem quase robótica, e fui descobrindo aos poucos, que eu era uma pessoa muito egoísta. Ainda com um sorriso no rosto, Takaki-san complementou depois de um tempo, minha pergunta inicial: “... realmente não tenho amigos, por isso gosto de vir aqui esquecer um pouco os aborrecimentos do dia a dia. Não gosto de usar minha autoridade para me tornar popular como os outros líderes fazem... acho que é por isso que todos me olham com olhares assustados.*hihi*... e de certa forma gosto disso, mas às vezes sinto falta de dividir meu almoço com alguém." Depois daquilo, descobri que por trás daquela cara fechada, séria e competente, morava uma pessoa simples e simpática, que por mais que a vida fosse cruel, fazia questão de aproveitar cada momento que o fazia feliz com um sorriso no rosto. Takaki-san é filho da diretora, então sentia um peso a mais estudando no mesmo colégio em que sua mãe trabalhava. Os misteriosos sumiços dele? Eram somente a hora do almoço na sala abandonada de música. Takaki-san não morava sozinho como eu, mas os pais dele só voltavam à noite, quando ele já estava dormindo. Senti-me um grande idiota ao contar meus motivos a ele. Realmente... um grade egoísta. Resolvemos comer o que eu havia levado e depois fomos andando o caminho de volta, um caminho que passei a ver de forma diferente, com passos bem lentos e paradas para rir de coisas aparentemente bobas. Quando nos demos conta, a noite chegava e nossas casas estariam próximas, e sem ter certeza de que aquele dia seria único e não voltaria mais vezes, não consegui dizer nada em especial, somente dei a ele uma porção de onigiri que haviam sobrado, como um singelo agradecimento, e com muito custo levantei a cabeça e agradeci pelo dia. Antes que eu me curvasse formalmente, senti um abraço apertado, que apesar de ter sido rápido, para mim foi como se o tempo parasse por completo. No momento fiquei assustado, mas sabia que eu estava feliz, afinal, eu tinha me esquecido de como era um abraço. Ainda sorrindo, só que dessa vez um pouco sem graça, Takaki-san se despediu com palavras que não irei esquecer tão cedo: "Ken-kun obrigado por hoje, foi mesmo muito divertido! Ficaria feliz, se nos tornássemos amigos. Boa noite!".
Assim viramos de costas um para o outro e seguimos nossos caminhos, ainda não sabendo como seria o próximo dia de aula. Naquela noite, antes de dormir, ainda recebi uma mensagem no celular, mas não era a mamãe como de praxe. Na mensagem só tinha uma palavra que fechou meus olhos, mas não meu sorriso... "Obrigado!". De mais um dia solitário, aquele misterioso dia de folga, se tornou o dia mais divertido que eu tive até então, as gargalhadas que eu havia dado foram como se eu conseguisse esquecer por completo todos meus problemas, e voltei vagarosamente a acreditar no amor das pessoas e, acima de tudo consegui chamar sem medo, alguém de amigo. Ao voltar às aulas normalmente, passei a almoçar com Takaki-san na sala de música, assim sem perceber, nossa amizade foi crescendo mais. Descobri que aquele estranho dia de folga, havia acontecido por um terremoto que ocorreu na cidade ao lado de Tokio, onde o pai do Takaki-san morava, e infelizmente havia morrido, foi nesse momento que liguei os fatos. Novamente me senti egoísta... Porém sabendo que eu me tornaria uma pessoa melhor. Por fim, sem muita certeza se eu seria um bom amigo, tomei coragem a me aproximar mais, e ser mais intimo do Takaki-san... Na verdade eu não tinha certeza de nada... mas uma única coisa engraçada dentro de mim me dava forças. Porém, acima de tudo a partir aquele dia na praia, diante da amizade do Takaki-san, eu havia descoberto algo que ainda insistia em se esconder... realmente eu era feliz!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Paixões extremas e repentinas
Começam em inesperados lugares
Inapropriadas épocas
Em corridas horas
Quando o outro não te vê
E você não quase
De canto de prateleira
Longe e escondido
Sem mencionar uma palavra
Apesar da vontade de tentar a sorte
Que só dura um mês
A cada estação.





Eu
"Se olhar a cortina balançando com o vento suave, conseguirá montar belos planos para o futuro."
  
"Aproveite dos mais sutis momentos sentado ao lado de quem ainda não notou seu carinho."
Sistematicamente aquilo parecia complicado
Eu via a fumaça subir
E os cubos de batatas lá no meio
Sinceramente era o que eu mais gostava
Primeiro uma colherada quase vazia
Mal tinha gosto!
Eu assopro então,
Cargas negativas se afastam
Não sei se isso ajuda...mas ajudou!
É um ritual que me aquece
Ela está sorrindo então?
Sinal de que fiz uma cara boa
De fato, só ela faz assim
E ainda me indaga
"Quer mais sopa?"
"Sim, dessa vez com pão."

Eu
Era como se não fosse nada
Mas o inconsciente ainda pedia um pouco de atenção
Em um momento egoísta
Acabou sendo ignorado
Dormiu...dormiu...
Só despertava em curtos períodos
E se tornavam cada vez mais curtos
A cada desilusão mal resolvida
Mas não morreria dormindo,
Pois ainda tinha o sonho de um despertar prolongado.

Eu
Se ainda existem árvores
É por medo e conforto
As pessoas preferem lajotas a folhas
Não respiram ar, só acham
A culpa é do escapamento do coletivo
Que solta fumaça e pessoas
Daquelas que preferem azulejos a flores
E que pensam que se ainda existem árvores
É por esperança.


Eu

terça-feira, 25 de outubro de 2011

"Deitar-se e fechar os olhos para pensar sempre foi o único e melhor remédio."
Sinceramente,
Poderia estar onde você quer
Deveria mudar como você deseja
Queria ficar da forma que você sonhou
Só há um pequeno problema nisso,
Foi descoberto que eu sou eu.





Eu
Suco,
Você me deixa frio
Seu sabor me leva
Teu aroma me acalma
Tua temperatura me prova
Posso ou não posso?
Amarelo maracujá
E quem leva a fama são suas flores
Obrigado por este momento
Tão humanamente humano
Simples e esquecível
Você é tão adorável
Chega ao fundo do copo
Suas sementes moídas
Pequenas como eu
Já acabou?
Quero mais.



Eu
O atraso me faz pensar
Querer ter pressa evitada
Preso à concepções pessoais
Esperando o quase perfeito
Não mais, que um curto segundo
Entre tantos que vomitam corações
E os compram em máquinas de refrigerante
Mais tantos que simplesmente os comem
Como se fosse gelatina
Um passo ainda não dado
Cheio de paciência e masoquismo
Ao ver um abraço na caixa de vidro
E mais tantos que o trata com normalidade
Banal, simples início
Dessas contradições evitáveis
A dúvida ainda me consome
Será que o primeiro beijo,
Tem gosto de limonada?


Eu

terça-feira, 18 de outubro de 2011

"Ao arrumar o quarto, sempre pode-se achar um sorriso naquele canto empoeirado."
"Em tempos tão egoístas, um abraço significa mais que mil promessas."


Em lentos passos
Complete as pegadas do degrau
Esqueça seus pertences mais valiosos
E roube o que deixaram cair
Nenhuma mão te alcançará
Além de seus próprios corrimões.





Eu
Uma vez as núvens lá encima me contaram
Que o céu era mais azul do que eu imaginava
Que o sol era mais quente do que parecia
Os pássaros, eram mais pesados do que se faziam
Que o frio mais gelado não era do ar
E que eu era muito, muito pequeno
Depois, as núvens nunca mais me disseram nada.


 Eu
Vento singelo
Que cobre meu rosto
E leva meus sonhos
A música de penas
Me mostra um amanhã
E neste fim de tarde solitário
Não se esqueça do meu romance.




Eu

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Goiaba, olá goiaba
Olá infância
Altas aventuras, inocentes
Doce de goiaba
Sorria sem medo
Boca banguela
Goiabada, com queijo
Estou crescendo
Lá se vai as mãos sujas
Chegou aqui o nojo enjoado
Suco de goiaba
O almoço em família
No último domingo
A goiabeira morre, e com ela...
Meus dias de menino.


Eu

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Passos fechados
Passos silenciosos,
Discretos ao máximo
Tentando ser imperceptível
Por que é tão complicado?
Conviver com esses "semelhantes".





Eu
"Um beijo na testa quando se está doente cura qualquer enfermidade."
Ontem falei com você?
Parece que já faz uma semana
Mas nem encostei em você
Profundamente sinto sua falta
Mesmo que tenha sido ontem
Ter me despedido sem te abraçar
Mas não quero mais te ver
Você me abandonou
Sem pedir permissão
E agora, no silêncio que eu guardo
Nas lágrimas que aparo com meus cílios
Me despeço em um adeus não eterno.





Eu
Era uma canção,
Sistemática e birrenta
A qualquer movimento sua melodia se calava
Era fria
Mas em noites de inverno esquentava o corpo
Birrenta...e mimada
Me exige imobilidade
Sua forma exclusiva
Me conquista, me deprime
Em dias pesados me conforta
Entre prédios e carros dificilmente a alcanço
Depois de um dia decepcionante
Só me resta um desejo
Me abrace...silêncio.



Eu

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

De repente me vi cercado de pessoas
Acho que são reais
Talvez seres pensantes
Só sei que existem pelo esbarro
Pensantes e mudos
Impressos em papel branco
Creio que são concretos
Tanta gente barulhenta
Cultivada em berço de carne
Nada concreto,
Só acho.






Eu
Há momentos
De sol ardente
E cansaço na alma
Momentos frustrados
Intediados, sonolentos
A única vontade
É que a cama vire uma piscina funda
O quarto, uma simples caixa solta na galáxia
E o relógio, eternamente sem pilhas
Um momento em que os olhos dizem "chega"
A boca é muda e o corpo imenso
Momentos de exalstão.





Eu

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Bem que eu queria um romance
Um amor ocasionalmente construído
Mas estamos lidando com macacos digitais.








Eu
"Quando observo as cortinas do quarto balançando, penso que o mundo ainda pode se levantar."

domingo, 2 de outubro de 2011

Chá de canela

Olá Darlings!
Como está indo nosso chá? Estão gostando?
Quero agradecer a todos que estão visitando o "Chá com Silêncio" sempre que podem e a todos que já estão descobrindo esse cantinho aqui e estão acompanhando, sua presença é importantíssima! Muito obrigado, em especial ao pessoal do FaceBook que está me apoiando bastante, Andrey, Yoshi, Kelli, Denise Okamoto muito obrigado mesmo! ♥
Bom, creio que repararam que abaixo temos duas novas "mesas" em nosso chá, a "Como Amor" e a "Leves Devaneios". Nessas mesas postarei pensamentos que tenho e que contruo com o tempo sobre amor (qualquer tipo de amor) e pensamentos do cotidiano, coisas sem muito sentido para alguns e com sentido para outros, espero que gostem dessas novas duas mesas desse blog, estarei me empenhando cada vez mais.
Mais uma vez obrigado e aproveitem o chá, sirvam-se!
Apesar de ser uma troca de interesses
O amor ainda não me achou interessante
A ponto de oferecer interesses
A alguém ainda não interessado.







Eu

sábado, 1 de outubro de 2011

"Esperar o café esfriar é mais um ato de coragem diante do tempo que temos."

"Dividir seu lanche parece simples, mas pode significar grandiosas coisas."
Aparentemente, superar-se é coragem
Chegar a um limite mais que limitado
Usar de seus anseios, uma promessa inválida
Será?
Agora, aparentemente, superar-se é viver.






Eu
Justo agora que você foi aparecer?
Logo agora em que a fome e a sede eu já recuperei?
Tem certeza disso?
Ainda mais se mostrando em curvas tão platônicas,
Faz isso parecer tão superficial
Mal sabem que é mais belo e inocente que qualquer tipo de amor
E mesmo não sendo,
É algo que secretamente quer se tornar
Depois não vá reclamar que eu não avisei,
Está ouvindo? Ein?
Coração?

Eu

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Imaculada seja sua presença
Que me faz flutuar
Que me faz sorrir
A qualquer momento
Uma presença que sacia
Que faz meu rosto corar
Que faz meus olhos brilharem
Algo inesperadamente surpreso
Como sua cor morena
Macia, açucarada, sonhadora
Doce...
de feijão.

Eu
Meus olhos inchados,
Recepção a algo novo
Esquentando meus lábios
Um copo de hortelã molhada
Ainda trajado com meu terno de flanela
Vagas lembraças de uma aventura irreal
Os primeiros sabores minha língua não percebe
E enquanto limpo meus poros
O restante eu tento planejar.

Eu

Nosso primeiro chá.

Olá Darlings.
É com grande prazer e preocupação que me apresento aqui.
Demorei bastante em decidir se faria de fato um blog com os poemas que ando escrevendo em um caderno velho em meu quarto.
Essa produção provavelmente é resultado de minha caminhada pelo inesperado e divertido curso de Letras que comecei a dois anos aqui onde moro e toda a carga de conhecimento que adquiri com a cultura japonesa e meus atuais 19 anos de vida.
Eu já gostava de escrever "poeminhas" em minha infância, mas nunca pensei em escrever uma quantidade tão considerável como produzí ao longo desse tempo, mais especificamente 6 meses, quando decidi fazer alguma produção literária para o final do meu curso.
Aqui no "Chá com Silêncio" pretendo dividir principalmente meus poemas e talvez alguns fanfics (contos) que escrevo.
Não sei até quando esse chá continuará quente, mas estão abertos a pedir mais ou menos açúcar, temos biscoitos e rosquinhas também. Sem mais, sirvam-se.