domingo, 4 de dezembro de 2011

Se não fossem as folhas
A árvore não sorria
Fazem dos raios de luz
Lantejoulas inquietas
Canções soletradas
Brisas contínuas
Que só param quando eu peço
Caso contrário
Adormeço em sorrisos.

Eu
Amores de ônibus
Tão sinceros repentinos
Mas superficiais moralistas
Por motivos aparentes
Não mais que seus olhos
Além de seus cabelos e expressões
Seria tão bom te conhecer,
Oculto raciocínio
Só a porta pára isso
Abriu, adeus, até nunca mais.

Eu

sábado, 3 de dezembro de 2011

Folha molhada
Dias chuvosos
De setembro a outrubro
No sofá, no silêncio
Sem muito o que fazer
A não ser respirar
Ver o choro da janela
Sentindo o frio desejado
Por mim e mais eu
Sem nada o que fazer
Sentado, ouvindo
Além de tudo.





Eu
Nada a mais além de suspiros
Sedentos por suas mãos
Ao longo da rua calada
Em um escandaloso silêncio
Como as curtas teclas do piano
Que toca o som do carinho que tenho por seu rosto
Simples e macio
Por mim, ainda não conhecido
Mas se a solidão faz parte da minha alma
Por que ainda procuro seus passos?







Eu
A insegurança
É quem move os palhaços deste circo
Dá corda à bailarina
Põe fogo nos malabares
Corta o barbante da marionete
Doma o leão
E ainda quer cobrar o ingresso.


Eu
Lágrimas pesam tanto
É curioso como a face aguenta
Mas os lábios cedem
E demonstram a tristeza
Que deixa abstrata
A existência do alguém
Que um dia já segurou lágrimas.


Eu
Fé,
Não teria caso parasse
Não daquela multidão
Sem andar tanto quanto se anda
Não escrita nem gritada
Quando está prestes a se perder
Sem símbolos nem representantes
Vira a esquina sem o tal rumo
É única, individual e popular
Até se cansar e rastejar
Mais forte que a sua,
Com certeza
Parei...
Só acredito,
Nada mais.


Eu